Antes
de gastarem dinheiro a substituir a nossa calçada portuguesa deveriam começar por “arranjar” os buracos desta cidade onde vivo e
trabalho! Não existe ruela, rua ou avenida em Lisboa, e suas redondezas, onde o
piso tenha um nível de coeficiente de aderência minimamente razoável, onde a
cada 2 metros, ou menos, não se encontre um buraco ou uma tampa de esgoto (e
são tantas) não nivelada. E estes “pequeninos” factores interferem na segurança
de qualquer utente da estrada, de quem conduz e de quem é peão, porque mesmo a
baixíssimas velocidades são o ingrediente perfeito para aumentar
exponencialmente a distância de travagem, mesmo em piso seco, e, logo, não se conseguir parar o veículo em segurança.
A
educação e informação dos condutores é sem dúvida fundamental. No entanto, essencial
é que as vias onde circulamos sejam dotadas de bom piso e não pareça que nos deslocamos num trilho indicado ao desporto de motocross. Por outro lado, é igualmente fundamental educar e formar os técnicos que “pintam” e sinalizam as
vias, obstáculos ou obras, sejam elas dentro ou fora das localidades.
Saberão
os responsáveis, com o dever de dar formação aos executores, que não basta
colocar traços de tinta branca ou um qualquer objecto dentro dum buraco? É preciso sim que
esta sinalização obedeça às características e dimensões do Regulamento de
Sinalização de Trânsito.
Teresa
Lume
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