Telemóvel : com mãos ou sem mãos?
Apesar de se falar nisso há décadas, os estudos sobre a acidentologia
rodoviária e suas causas são praticamente inexistentes em Portugal. Daí procurar muitas
vezes na internet o que vem de fora tendo descoberto um estudo feito
nos E.U.A. sobre o uso dos telemóveis durante a condução.
Este estudo patrocinado pelo Insurance Institute
for Highway Safety e levado a cabo pelo . Highway Loss Data Institute, uma
organização sem fins lucrativos financiada pela indústria de seguros de
automóveis, em 2010, assentou na comparação entre os Estados que proibiram o
uso do telemóvel , excepto no sistema
mãos livres, como acontece por cá, e naqueles em que esta proibição é
inexistente.
Neste
estudo comparativo chegaram à conclusão que a taxa de acidentes rodoviários,
cuja causa se atribuía ao facto de o telemóvel requerer o uso continuado de uma
das mãos, é a mesma em ambos os casos: quer para os Estados em
que existe tal proibição, quer nos outros em que não foi aplicada a lei. Ou
seja, não há qualquer indicação – sugere este estudo – que os dispositivos
mãos-livres contribuam para reduzir os acidentes rodoviários ou a sua
utilização seja menos arriscada, pois o que está em causa é a distracção do
condutor e não o uso do telemóvel por si só que está na origem dos acidentes. E
esta distracção provém de inúmeros factores como programar o GPS, conversar com
a pessoa sentada ao lado, ou mudar simplesmente de canal de rádio. Russ Rader,
porta-voz do Insurance Institute for Highway Safety, adianta que há abordagens
mais eficazes para uma condução mais segura, reflectida depois na diminuição
dos acidentes rodoviários, do que somente aprovar leis para proibir o uso dos
telemóveis ou mesmo de outro tipo de equipamentos que os automóveis possuem hoje em dia.
Já outro assunto é enviar mensagens enquanto conduz! Aqui não só o distrai como nem sequer olha para a estrada, o que torna este hábito verdadeiramente perigoso e mesmo fatal!
Teresa Lume
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